A bateria do Monobloco tocou diversos estilos musicais 
O Monobloco reuniu quase um milhão de pessoas na rua 
O Monobloco é tradicional no Rio 
Diversas pessoas se fantasiaram para 'fechar' o Carnaval em grande estilo 
A Rainha do Monobloco conversou com o ENFOCO 
O Monobloco é tradicional no Carnaval carioca
Um dos megablocos mais tradicionais do Carnaval no Rio 'encerrou' a folia em 2023 neste domingo (26), no Centro do município. Com o tema 'Monobloco: Tudo Vira Festa' escolhido pelo público nas redes sociais, o Monobloco, conhecido por sua bateria e por tocar diversos estilos musicais (incluindo funk, axé e as tradicionais marchinhas), reuniu quase um milhão de pessoas.
O bloco foi criado em 2000, a partir do grupo 'Pedro Luís e A Parede', com o objetivo de ser uma oficina de percussão para ensinar qualquer um a tocar instrumentos de escolas de samba. "A ideia era ensinar e colocar esses ensinamentos das pessoas a serviço de toda a música popular brasileira e é isso o que está acontecendo aqui hoje. Esse é o 23° ano do bloco no Carnaval", afirmou Pedro Luís.
O músico e criador do bloco também ressaltou que o megabloco é eclético quando se fala em música. "É um bloco que coloca os instrumentos das escolas de samba a serviço de toda a musicalidade brasileira. Tudo vira festa com o Monobloco", concluiu ele que tem 62 anos.
Além de Pedro Luís, também cantaram no bloco Pedro Quental, João Biano, Renato Biguli, Igor Carvalho, Gui Valença, Mariá Pinkusfeld e Thaís Macedo. A festa também contou com a participação especial de Rodrigo Maranhão, do Bangalafumenga.
O ENFOCO conversou com a rainha do Monobloco, Thaís Macedo, de 32 anos. Ela, que também é cantora, está como rainha da festa há três Carnavais. "É uma sensação maravilhosa estar aqui! O Monobloco representa a alegria e a felicidade do Carnaval carioca. A gente fecha o Carnaval do Rio e hoje está sendo uma emoção grande ver isso tudo de volta dois anos depois de ficarmos sem desfilar. Carnaval para mim é tudo, eu amo. Fiz show na Sapucaí nessa madrugada e vim direto para cá hoje. É uma paixão!", contou ela que desfilou pela Portela.
Uma das pessoas que tocou no Monobloco foi Alessandra Riscado, que trabalha com tecnologia da informação. Ela, que tem 47 anos, toca cuíca há quatro anos no megabloco, mas antes já curtia a festa na multidão. "Estou no melhor bloco do Rio de Janeiro. É muita emoção! Começamos a ensaiar para o Monobloco em maio do ano passado, começamos todos a ensaiar cedo em um teatro em Copacabana, na oficina do bloco. A gente tenta trazer tudo, incluindo axé, Bahia, Rio de Janeiro, a essência do Carnaval nas músicas", contou ela.
Quem também mostrou o samba no pé e se divertiu no bloco foi o consultor financeiro Eder Magalhães Gonçalves, de 40 anos. Ele usou pernas de pau e vestiu a fantasia 'Pernalta do Amor' durante o Monobloco. "É o meu primeiro ano na perna de pau aqui, mas por muitos anos eu vim curtindo o bloco como folião. É lindo demais! Desde Copacabana, agora aqui no Centro. É muita energia, muita alegria e muito amor para todos! Hoje é dia de quebrar tudo, de gastar energia. Semana que vem ainda pretendo ir em outros blocos de rua", disse ele.
O grupo denominado 'Cacique de Ramos' desfilou junto com o bloco. Luís Carlos Lima, presidente da ala 'Guerreiros' do grupo, completou 50 anos curtindo o Carnaval e 11 anos acompanhando o megabloco. "Estamos brincando desde o dia 17 de fevereiro, esse é o sexto dia de desfile da nossa ala e hoje no Monobloco. É uma honra estar aqui! Estou com o boneco do grupo, que me acompanha desde 1977 nessa festa linda", disse ele que trabalha com manutenção de obras e tem 66 anos.
Andreia Barros, que fez parte das 300 pessoas que desfilaram na ala dos Guerreiros, também falou sobre a emoção de estar no bloco. "É minha primeira vez! Quero voltar outros anos, estou muito feliz, é tudo perfeito nessa festa linda", afirmou.
O Monobloco foi um dos blocos que ocorre neste domingo na Cidade Maravilhosa. Até o período da noite, outras festas do tipo prometem lotar o Rio de Janeiro.
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